Sábado passado tivemos um lançamento pra lá de legal aqui na loja. Paulo Cecconi mediou Allan Ledo, Sergio Chaves, Alexandre Lourenço e Leandro Melite.
E hoje o Paulo publicou uma transcrição de parte da conversa:
Paulo Cecconi – No ano passado (2015), a gente viu listas de melhores quadrinhos em tudo que é lado, tanto em blogs quanto em redes sociais. O prêmio Grampo, do VITRALIZADO, deu uma baita vitrine para o que rolou no cenário de HQ nacional durante o ano. O que vocês acham dessas listas? Pergunto porque sei que elas afetam muito que não entra nelas.
Melite – “Eu vejo as listas como reações positivas de leitores, porque na verdade, se você ver, não é um júri. Se for um júri e todo mundo ler tudo que sai, seria uma coisa mais justa. O cara leu tudo e ‘rankeou’ quais são os dez melhores. Eu acho até positivo você ter o seu nome numa lista e isso reverberar pra outros leitores, ela funciona como uma indicação, mas não vejo isso como um prêmio. Não acho que seja algo premiável e tão louvável assim.”
Alexandre Lourenço – “Eu acho que, putz, eu gosto das listas. Fazer quadrinho é algo muito solitário e acho que esse tipo de publicação ajuda a criar uma irmandade, uma comunidade de pessoas que têm quadrinhos em comum e querem conversar sobre isso. O lance das listas é que você não tem como ter certeza daquilo. A leitura que alguém faz da obra é algo muito particular e não é todo mundo que leu tudo que saiu. “
Sergio Chaves – “Como leitor eu gostava de acompanhar as listas. Como editor, não faz muita diferença. As listas não chegam a alavancar as vendas. Isso nunca ditou o nosso conteúdo ou se faríamos uma tiragem maior ou menor por causa de uma lista. Premiações, destaques, críticas negativas, essas coisas nunca afetaram nesse aspecto mais prático. Críticas negativas sim, deveriam repercutir no trabalho do autor porque, independente se você concorda ou não, deveria ouvir o seu leitor, refletindo e ponderando o que é pertinente e o que não é, claro. Mas essas listas são opiniões muito avulsas. Elas PODEM ajudar em vendas, mas não é algo concreto. E tem muito autor que fica cego, ele fica tão feliz por aparecer numa lista, acha que tá abalando com qualquer rabisco que faz… caras, não é bem assim. Então, tem que saber até onde levar a sério uma lista dessas. Taxar entre melhor e pior pode ser perigoso.”
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