O conflito entre judeus e árabes na Faixa de Gaza tem muita história, muito palpite e muita solução “fácil” por muita gente aí. Mas as coisas não são nada simples nessa história.
Se você quer mesmo tomar partido de um dos lados ou ter uma solução para propor sobre esses conflitos, ou melhor, se você só quer tentar entender um pouco melhor esse mundo doido que a gente vive, temos sugestão de alguns livros que podem te dar bastante informação.
Palestina – Edição Especial, de Joe Sacco
Esse tijolão aqui reúne os álbuns Palestina – Uma nação ocupada e Palestina – Na faixa de Gaza. É sobre a experiência jornalística de Joe Sacco na Palestina no começo dos anos 1990, após a primeira intifada. Mesmo que o olhar de Sacco seja do ponto de vista palestino, dá pra entender muita coisa sobre os paradoxos desse conflito.
Notas sobre Gaza, de Joe Sacco
Uns 10 anos depois de seu primeiro trabalho na região, Sacco retorna à Palestina tentando entender as minúcias de um evento de 1956, que mal entrou para os rodapés da história, mas que ele acredita que possa ser fundamental para entender os desdobramentos de ódio e intolerância entre os povos daquela região.
Not Israel that my parents promised me, de Harvey Pekar e JT Waldman
Infelizmente, sem edição em português, essa graphic novel biográfica trata das reflexões do judeu-americano Harvey Pekar sobre a legitimidade de seu povo ocupar Israel. Com uma postura bastante crítica à Israel, Pekar desfila boa parte da história da região entre suas polêmicas opiniões.
Uma criança na Palestina, de Naji Al-Ali
Este álbum de charges é uma das poucas oportunidades de se conhecer o que uma voz palestina tem a dizer sobre o conflito. Naji Al-Ali era uma criança quando o estado de Israel foi fundado em 1948 e se tornou um refugiado, como aqueles retratados por Joe Sacco em suas reportagens em quadrinhos.
Crônicas de Jerusalém, de Guy Delisle
Não é bem a voz de um autor de Israel sobre o conflito, mas é a visão de um estrangeiro (Delisle é canadense) que viveu em Jerusalém com seus dois filhos e sua esposa (que trabalha no Médico Sem Fronteiras), e que apresenta o dia a dia da cidade israelense e das dificuldades que as diversas etnias têm para se entender.
Depois de todas essas leituras, não se espante se você ainda não conseguir entender a justificativa para morte de crianças palestinas e israelenses. Só quer dizer que você ainda é um ser humano.