Acabou de acabar em Angoulême, na França, um dos mais importantes festivais de histórias em quadrinhos do mundo. Neste ano, chegou-se à 40ª edição do evento, que celebra as HQs do mundo todo, mas mantém um carinho muito especial pelo material franco-belga.
O que não quer dizer que os estrangeiros e os quadrinhos não europeus sejam menosprezados pelo Festival Internacional de História em Quadrinhos de Angoulême. Neste ano, inclusive, o Brasil se destacou na programação com a presença dos quadrinistas André Diniz, de Morro da Favela, e Rafael Coutinho, de Cachalote, que participaram de um debate sobre o mercado brasileiro de quadrinhos. As edições francesas dessas HQs acabaram de ser lançadas por lá.
Julia Bax e Amanda Grazini, as artistas responsáveis por Pink Daiquiri, também estiveram por lá pra divulgar seu trabalho. A obra foi lançada na França e estamos na torcida por uma versão nacional (os roteiristas são franceses: Laurent Habart e Mélanie Théry). Completaram a trupe os quadrinistas Davi Calil e Amilcar Pinna.
Além disso, os irmãos Gabriel Bá e Fábio Moon concorreram ao prêmio Fauve D’Or (a principal premiação do evento) com Daytripper (que levou o Eisner quando lançado nos EUA, outro grande prêmio do mundo dos quadrinhos) e a revista Café Espacial 11 esteve na seleção de publicações alternativas. Você pode conferir os ganhadores aqui. Infelizmente, não foi dessa vez que os brasileiros trouxeram o troféu do gatinho pra cá.
Por enquanto, não temos edição nacional de nenhuma obra premiada neste ano. Mas se ficou curioso, procure as outras obras dos ganhadores, como o Isaac, o pirata, de Christophe Blain, que levou o prêmio principal, e Krazy Kat, de George Herriman, autor que este ano foi premiado como patrimônio.
Agora é torcer para que as editoras nacionais se animem em trazer essas obras para cá.