Houve uma época no Brasil que as revistas de terror vendiam muito. Porém, as vendas diminuíram e as revistas foram sumindo da banca.
Hoje, muito longe da força que teve no passado, as obras “de monstros” voltaram às prateleiras.
Durante a Gibicon, vai rolar a exposição da Grafipar, uma editora paranaense das décadas de 1970 e 1980 que publicou, entre outros títulos, HQs de horror. Já vai dar pra sentir um gostinho de como eram esses materiais nacionais.
Mas tem mais. No ano passado, a editora Mythos lançou dois volumes de Cripta, que coleta as primeiras edições da revista de terror norte-americana Eerie. Entre os artistas envolvidos, gente do quilate de Steve Ditko, Frank Frazetta, Archie Goodwin, Joe Orlando, John Severin, Alex Toth, Al Williamsom, entre muitos outros.
Este ano foi a vez da Devir publicar a Creepy, outra revista de terror dos EUA da década de 1960, contemporânea de Eerie, ambas publicadas pela Warren. No site da Devir tem uma prévia do material. Essas duas revistas forneceram material pra muitas edições nacionais de Kripta, por exemplo.
Vale lembrar ainda que a Zarabatana lançou o álbum do Drácula, de Rodolfo Zalla e aconteceu a volta da revista Calafrio, continuando de sua numeração original (atualmente está na 56).
Mas além de vampiros, lobisomens, zumbis e assassinos enlouquecidos, outros tipos de criaturas horripilantes estão disponíveis para o leitor.
No finalzinho do ano passado, a Ática publicou a adaptação de Noite na Taverna, com os “monstros sagrados” das HQs de horror: Mozart Couto, Rodolfo Zalla, Franco de Rosa, Rubens Cordeiro, Arthur Garcia, Sebastião Seabra e Walmir Amaral. Afinal, o livro do Álvares de Azevedo casa muito bem com esse clima de terror.
Neste mês, acabou de ser lançada a HQ de Gustavo Duarte sobre uma invasão de monstros gigantes à cidade de Santos. O álbum chama-se Monstros! e foi produzido pela Quadrinhos na Cia.
Na coincidência dos títulos, a Panini voltou a publicar a excelente série de mangá Monster, de Naoki Urasawa, sobre um assassino serial impiedoso.
São os mais diferentes tipos de criaturas disponíveis para o leitor, desde o humor de Gustavo Duarte, passando pelo terror clássico, até o mais amedrontador de todos, o ser humano.
Até senti um arrepio na espinha aqui…