Os quadrinhos são terreno bastante hostil para namoradas e pais, que lideram os índices de assassinados em histórias de super-herói. Mesmo assim, os sobreviventes (ou os afortunados personagens de outros universos de aventuras) podem conviver com seus filhos tranquilamente (ou quase).
Preparamos uma lista imaginando o o que os pais da ficção gostariam de ganhar da Itiban (claro!). Se você achar que o seu pai tem algo a ver, pode aproveitar a dica.
Pai do Calvin
Sempre lendo o jornal, saindo para o trabalho ou levando a família para um feriado frustrado abaixo de chuva, o pai do Calvin é conhecido por sua função, já que Bill Waterson nunca lhe deu um nome.
Um cara como ele precisa de mais emoção e novas aventuras, mas que sejam clássicos, que lhe lembrem da sua infância: Tarzan, a origem do Homem Macaco e outras histórias (Devir) e Flash Gordon – No Planeta Mongo (Kalaco) são nossas indicações.
Seu Agenor, pai do Cascão
A vida adulta não é fácil: pagar contas, trabalhar, lidar com as frustrações, cuidar dos filhos. E já pensou se o seu filho inventa de não tomar banho e começa a ser chamado de “Cascão” pelos vizinhos? E se o seu filho for o Cascão?
Essa é a realidade do Seu Agenor. Um pessoa como ele quer relaxar, ver um pouco de futebol e depois ler uma HQ que lhe permita ver a realização de algum desejo. Apostamos nossas fichas ena HQ sobre piscina O gosto do cloro, de Bastian Vivès (LeYa / Barba Negra) e no marinheiro Corto Maltese – As Helvéticas (Nemo).
Jonathan Kent, pai do Superman
Quando o velho Jonathan resolveu investigar o que era aquele meteoro caído no campo, nem imaginava o quanto sua vida mudaria. A tranquilidade da vida rural norte-americana foi completada pela necessidade de criar de maneira digna o ser mais poderoso da Terra.
O que ele espera é um pouco de sossego e alívio do stress de ser pai do cara que vive apanhando de ETs superfortes e de robôs gigantes, mas que, ao mesmo tempo, lhe traga novas experiências. Cravamos que ele adoraria conhecer os dois lados do Brasil, o urbano e o rural. Para isso, Avenida Paulista, de Luiz Gê (Quadrinhos na Cia.) e Saino a percurá – ôtra vez, de Lélis (Zarabatana).
Ito Ogami, o pai de Daigoro
A vida de pai solteiro não deve ser fácil. Ainda mais quando não se tem casa própria, emprego fixo e se é um matador de aluguel no Japão medieval. Mas isso não quer dizer que não ame o seu filho, nem que possa ficar sem o presente de dia dos pais.
Para um Lobo Solitário que nem Ogami-San é mais fácil reconhecer-se em outros solitários ou aqueles que têm o mesmo trabalho que ele. Sugerimos Usagi Yojimbo – O limiar da vida e da morte (Devir) e Peanuts, de Charles Schulz (LP&M)
Vladek Spiegelman, pai de Art Spielgeman
Vladek Spigelman esteve em um campo de concentração na Segunda Guerra Mundial e sobreviveu. Não é a toa que Vladek é um velhinho turrão e sofrido, de pouca paciência.
Isso não quer dizer, porém, que ele não tenha humor. Só é um pouco mais difícil de acertar. Arriscamos que o humor peculiar de Wilson, de Dan Clowes (Quadrinhos na Cia.) e as histórias de jazz de Bourbon Street – Os fantasmas de Cornelius, de Phillipe Charlot e Alexis Chabert (8inverso) farão bonito com esse perfil de pai.
E você? Já escolheu o presente para o seu pai?