Harry Potter é o Anticristo.
Ou pelo menos foi isso que o Alan Moore disse. Ou pelo menos foi isso que o resenhista do The Independent disse que o Alan Moore disse. E eu acho que tem muito padre e pastor cristão que já disse isso e diria de novo. E tem uma questão levantada pela impressa alternativa sobre o satanismo e J.K. Rowling.
Sabe quem é o Alan Moore, né? Aquele barbudo britânico que é roteirista de quadrinhos e criou obras adoradas pelos fãs das HQs, tipo Watchmen, V de Vingança, Monstro do Pântano, Promethea, Do Inferno e A Liga Extraordinária.
Mas esclareça-se o caso do Alan Moore: não foi ele quem disse que o Harry Potter é o Anticristo, mas há no álbum mais recente do barbudo inglês, A Liga Extraordinária: Século – 2009 (ainda não lançado – sai em julho) um personagem que se parece muito com o maguinho de raio na testa e é o Anticristo na história (aposto que essa informação é um baita dum spoiler).
Aqueles que conhecem minimamente o trabalho do Moore sabem que ele, que também é mago, não está acusando o personagem de J.K. Rowling de conduzir crianças para o inferno cristão a largos passos.
Porém, há aqueles que acusam Moore de querer chamar a atenção para o seu trabalho se usando de um personagem de grande repercussão. Para essa acusação, a resposta é o próprio quadrinho.
Mas como se fala de uma HQ que ainda não foi lançada? Bem, A Liga Extraordinária é uma série que já teve cinco outros volumes lançados (quatro deles saíram no Brasil) que usa a ficção popular como base para criação de enredos, adicionado de muita sátira e recriação, tudo isso pulverizado e aplicado num grande condensador que o Alan Moore tem lá em Northampton.
Nos primeiros volumes, os personagens são heróis de romances do século XIX (o Homem Invisível de HG Wells, o capitão Nemo de Julio Verne, Mina Harker de Bram Stoker…). Nos episódios que se passam no século XX, personagens de seriados, de filmes, de desenhos animados e astros do mundo pop desfilam pelas páginas.
Nesse contexto, é fácil perceber que Moore não usaria apenas um personagem popular, mas também o que se diz sobre ele. E foi exatamente esse o caso. Não se trata de desrespeito, fanatismo religioso ou oportunismo, são possibilidades criativas mesmo.
Coisa que o Alan Moore lida muito bem.
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Kkkkkkkkkkkkk q ridiculo! Um avada kedavra pra vcs.